terça-feira, 7 de setembro de 2010

Balanço



O amor gosta, goza, idolatra.
Beija, tira o sono, pacifica, revigora.
O amor escolheu mesmo depois de anos uma música que embale e fale da perfeição de amar.
O amor tentou tolerar,
esperar o vento mudar de direção
e que o sopro da fada qualquer mudasse o pensamento,
 que as atitudes mudassem.
O amor cansou, esqueceu e num desesperado vai-e-vem quis cortar seu próprio pescoço,
quis arrancar suas raízes, quis tomar um pó de pir-lim-pim-pim
O amor é cego, não conseguiu esquecer que a vida é tão romântica assim
Seria erótico?
Seria fraterno?
Não. É romântico.
O amor acordou cedo, perseverou, observou os detalhes, tramou as homenagens, preparou os coquitéis
O amor tão romântico se viu sem praquê
Se viu sem casa, se viu sem amor, se viu sem amada
O amor viu seu romantismo nos braços da volupia orgânica que o romântismo precisa saciar
O amor beijou, esquentou, ignorou pois é romântico.
O amor perdeu os cabelos, as unhas e a razão que nunca teve.
Romântico ainda agora descansa e ressona baixinho para não mais encontrar a volúpia, prioriza no seu bloco de metas a paz e a calma.

Um comentário:

  1. O amor é a transformação sem logica da mente e da alma... às vezes no desespero, às vezes na paz... ^^
    Saudade Vivi

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