Pássaro que migra; Caminhos do regressar.
Tudo aqui é sentimento.
terça-feira, 22 de março de 2016
918197185
O caminho era uma reta.
Brinquedos de
criança,
pedras
gigantescas,
ondas do mar,
leões famintos.
O caminho eram
flores.
Muros altos,
Cestas de
presentes,
Eram cores.
O caminho era uma
casa.
O mar estava no
fundo.
As montanhas eram
casca.
O frio, o desafio.
Era eu,
Era o meio,
Era Minas Gerais.
O caminho era um
lugar no mapa.
Mato
E o mar novamente
me chamava.
Involuntariamente,
Eu,
seguia.
Eu ouvia o seu
canto de boto,
De Golfinho,
De Peixe,
De criatura das
águas.
Sentia a conexão,
Sentia o abraçar.
Sentia,
sinto.
O caminho agora é
um rio,
Uma casa antiga.
São ancestrais,
sou eu senhora,
sou eu parceira,
sou eu dama,
enquanto espero,
aguardo,
realizo.
Quem sou eu?
Na Bahia estou de
volta.
Entre as pedras,
Entre o sal,
Entro o líquido
que lava,
voltei ao caminho.
Eu direção,
Eu condução,
Eu dona,
Eu PLENA.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Um tantinho clichê, mas tá valendo...[Solitude]
Não é que eu goste de ficar só
é que as vezes é importante ensaiar a vida,
me olhar no espelho com meus próprios olhos
e tramar meu caminho de menina querendo ser
forte
costurar as tramas, provar as fantasias e
voltar pra vida convicta do papel escolhido para resistir
Sou uma atriz sem platéia, sem cachê
tramo tudo sozinha
naqueles dias em que não quero dar bom dia
a ninguém
quinta-feira, 26 de março de 2015
29 de dezembro
Construímos um castelo no azul
Azul da piscina
Azul do querer
Azul da núvem
Agora não posso afagar
Seu cabelo, seu sono, ver o seu sorriso
Mas que belo mundo traçamos
Olho para os lados e vejo canções,
Noites madrugada a fora
de letras, de falas, de planos
Uma noite de amor
Duas noites juntos
Velados pelo mar
Velados pela noite
Seja estrela, seja terno
Não seja duro
Você é paixão
Tudo bem,
Somos de saturno,
De gêmeos,
De capricórnio
Faça o que fizer
Não ponha veneno
na beleza guardada
Talvez dentre tantos voôs
Reste um caminho
Um querer
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
escritos sobre notas auto-adesivas
Agora eu penso
e procuro uma canção
Que Traduza Esse Sentimento de paz
Que Eu SINTO
Esse cheiro de paz
Que Eu SINTO
ESSA busca de paz
Que eu mantenho
Talvez seja o silêncio
A Melhor Canção para ESSE momento.
É de paz. E Paz Que Seu Desejo.
E de Uma Pena Branca
se aproxime da Memória de tantos garotinhos
Que respiram sangue e vomitam balas.
Paz, por favor.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Flauta intensa & sobre um casaco à espreita.
São 02:15 da manhã
E eu penso em você? Não.
Eu penso em mim.
Penso em todas essas reações e a minha forma de amar.
Talvez seja desequilíbrio de chacras.
Ouço trovoa a trovoar.
E me atenho ao sussurro intenso e desesperado da flauta
afinada em um tom que me lembra você, que lembra o desespero, que me lembra
afogamento, que me lembra, que lembra.
Triste fim do humano a lembrar. Necessidade do homem que
vive a guardar...
Cheiro, voz, timbre do violão, sexo...encontro em tantos outros.
Para você eu poderia escrever todo um livro. Em silêncio.
Por favor não me ache estúpida, não me julgue fraca.
Preciso assumir: me preocupo com o que os outros pensam, por
isso, se preferir: esqueça essa memória.
Talvez fosse isso que eu precisava: de uma lembrança boa,
com alguém.
Olho para tantos os lados, fiz o certo. É meu compromisso.
Agora preciso partir, faz parte, é um caso de honra. Tudo bem
novamente. Na verdade tudo mal..eu me visualizava andando de Maria fumaça com
você. E agora?
É projetar, é rever, é imaginar, outra pessoa no seu lugar
do meu lado, na face direita do banco da Maria fumaça que será tão fria em
junho.
Tantos querem, tantos podem, mas o lugar é seu. E ao mesmo
tempo não deveria ser.
Não desejo ser seu amigo, desejo Ser.
Ser Ar, que na minha cabeça não fica em lugar algum, não
lembra, não para de seguir, só sente.
E ter a permissão dos dias para andar sobre tuas asas,
passar entre cada fio da tua barba, entre cada fio da corda do teu violão e
seguir, continuar seguindo eternamente, ilesa, sem olhar pra trás, sem
redemoinhos, sem memória.
E novamente a flauta que trovoa, afinada numa nota intensa
que não sei qual é, me chama. Vem outros amores a frente, o caminho tem verde,
tem clubes, tem esquinas, tem chops, tem homens negros, mulheres brancas, tem
asfalto e pés no chão. E é uma obrigação segui-lo.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
De poeta para poeta
Com olhos de
deserto
e mãos famintas
não adianta olhar
para as estradas
com peito
esvaziado
enquanto os sonhos
estão numa fila, congelados
e a vontade é de
encarar
com o dedo em
riste
a felicidade e a
força da onda que se alevanta.
Agora, pouca coisa
seduz
A lâmpada parece
sem luz
O asfalto é quente
A arte cabe onde a
necessidade se faz urgente
É tempo de
plantar
Ainda que se
colham
Frutos do
inesperado
é tempo de muito
fazer
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