sábado, 15 de maio de 2010

Sem título.

Em mim ou para mim


Novidade Alguma

Só mesmo a necessidade imbecil de positiviar pelas ruas

e dar sorrisos que dizem o quanto estamos bem

enquanto oa cabelos quebram, os ossos gritam

a dissonância chega

Eu nesse mundo que levando com a barriga, construo as paredes do quarto da solidão

lugar cativo nessa casa, nesse mundo

Ao menos disso tudo, fica algo bom:

viver lado a lado com a poesia do lamento, do amor, da beleza, da morte-alheios.

Nada sobre mim, de mim, só os orixás sabem, só as minhas panelas queimadas, só os meus textos amassados.

Chega

a positividade imbecil não me permite falar mais sobre isso.

Me engano nas próprias contracurvas da minha angústia

Minha, minha, minha cabeça não sabe o que pensar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A arte de amar.

O meu livro A arte de amar com uma imagem de Tououse Lutrec na capa:
Uma arma,
Uma procura,
Um remédio,
Uma vitamina.

Condições X Ações

Condições

Eu não tenho uma frase completa
Mais desejo muito mais que teu corpo
Mais que o beijo das flores e menos que a vastidão
De meu peito,
Abrigo para as nossas feridas e sutura para essa fonte de medos
Teu seio perene de menina marcada sem teu ciúme de
Quem não sabe viver,
Não poderei nunca mais retornar ao que fui
Nunca mais anular teu traçado nem esvaziar o seu cheiro
De mim
Contudo eu grito com gestos destinados a tombar
No vazio,
A tombar nessa luta tão linda
inútil, cega e sem fim.



Ações

Fiz do teu poema uma pedra de pontas finas
Atirei-a na porta do amado
Saberá ele o que vc quis dizer o que eu quis que ele sentisse, ao receber voando pela janela tuas palavras?