segunda-feira, 5 de setembro de 2011

me perdi.

o pulso ainda pulsa
corre sangue nas veias
o coração mudo que grita calado
ainda caem pingos na pedra seca
hoje penso que não existo
realemnte devo existir somente para mim
não mais para ninguém
tudo organizado e armado para a batalha
não sei se sozinha ou se com alguém
o campo parece estar vazio e eu sempre inventando possíveis embates
pode ser coisa da minha cabeça
cabeça de quem não existe mais para ninguém

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Meus cabelos brancos

Gosto muito dos meus cabelos brancos
desarrumados oleosos
minhas rugas precoces, minhas marcas de momentos vividos
Lágrimas e sorrisos
Dos primeiros anos na escola
das dores que artrite
dos medos dos cachorros
do medo do escuro
do medo de água
dos medos colocados em mim por minha mãe na infância
 que me privaram de muitos desastres
gosto de cada dor nas costas, de cada desconfiança, de cada premonição, de um pouco da sabedoria
e do curvar das costas que me veio juntos com os cabelos brancos
gostos das lembranças, dos cadernos antigos, dos textos escritos quando criança, das frases escritas quando velha
das lembranças dos amigos agora distantes e da curiosidade inocente dos sobrinhos
gosto muito dos meus cabelo brancos, desarrumados, oleosos, empoeirados
da minha 'rabugência' e gostos
gosto da minha velhice contida nos meus 22 anos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cala a boca.

Tenho vontade de dizer muitas coisas
mas não entendes bem as minhas queixas
também não sei se o que falta está em mim.
Deve ser.
Tenho vontade de explodir e dizer mas não entendes o que eu digo ou não queres entender.
Muitas trilhas passam pela cabeça, todas quero deicar a ti.
Falar do não contento, da agonia e incomodo, da ferida, dos buracos e da vida.
Mas realmente não entendes o que eu digo.
Deves viver em outro espaço.
É isso.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

23:00

Ela observa as horas
e impaciente aguarda a última chance dada a quem não sabe de sua sentença.

Faz sala a palavra diária do filósofo companheiro,
entre arrumar uma mala e outra vê através de ampulheta a corda do enforcamento ser feita.

Ao mesmo tempo que pretende se impor
não consegue ter forças para dar o veredito correto a quem se julga.

Tem medo de se perder mais uma vez.
Perdida, teme mais uma vez penar até se encontrar.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dia-a-dia: instância virtual influenciando a vida real. Real X Virutal?

Até onde vão nossos desejos.
Onde começa a vidas das outras pessoas.

O que os nossos desejos podem acarretar as outras pessoas.
Nem sempre nosso desejos chegam a outras pessoas.

No momento eu desejo que minha mãe arrume um emprego.
Mas passa dia,passa dois dias, alguns meses e as coisas só fazem se complicar.

Outras pessoas com dsejos egoístas me desejam coisas.
Ainda bem que o bem que quero para mim é bem maior que o egoísmo de qualquer ser.

Mas ainda sim, tendo percorrindo tantos caminhos esburacados- mesmo tendo poucos anos na terra- me espanto com a maldade.

Diariamente nos cruzamos com as pessoas e num bom dia, boa tarde, tudo bem, até dividindo um copo de cerveja na noite perdida não imaginamos-não temos idéia, do que está por trás de cada um dos sorrisos de canto de boca e dos olhares que nos são direcionados. Tudo muito clichê.

Mas fazer o que se me espanto!!

Em dias de mundo virutal. ciberespaço e bate-papo, as ofenças saem da instância real e se tranformam em:
Curtir, Cutucar e Humanidade.
Estamos aí para viver né! E aprender!