Com olhos de
deserto
e mãos famintas
não adianta olhar
para as estradas
com peito
esvaziado
enquanto os sonhos
estão numa fila, congelados
e a vontade é de
encarar
com o dedo em
riste
a felicidade e a
força da onda que se alevanta.
Agora, pouca coisa
seduz
A lâmpada parece
sem luz
O asfalto é quente
A arte cabe onde a
necessidade se faz urgente
É tempo de
plantar
Ainda que se
colham
Frutos do
inesperado
é tempo de muito
fazer
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